segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Resenha - Se eu ficar



SINOPSE: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.





TÍTULO: Se eu ficar
AUTORA: Gayle Forman
EDITORA: Novo Conceito
PÁGINAS: 224
ANO: 2009

O livro nos conta a história de Mia, uma jovem violoncelista de 17 anos, que em uma manhã como outra qualquer tem suas aulas canceladas devido à neve que agora cobre toda a sua cidade, assim como seu irmão mais novo, Teddy. O clima serve como desculpa para que sua mãe peça folga no serviço e para que toda a família se reúna para um passeio de carro até a casa de conhecidos. Talvez até uma passada rápida na casa dos avós, quem sabe? Não iria demorar muito afinal.   
                               
O que não estava nos planos de Mia era que um mero passeio de carro se transformaria em uma tragédia. O carro bate. Pai e mãe morrem. O menino é levado em estado grave ao hospital. A jovem entra em coma. O rádio ainda está ligado, tocando música clássica.

O espírito de Mia, porém, observa tudo. Vê seu próprio corpo deitado em uma cama de hospital, ligado à dezenas de tubos e fios. Vê o desespero no rosto de cada um daqueles que a amam a visitando: seus avós, sua melhor amiga Kim, seu namorado Adam. Agora Mia tem que fazer uma difícil decisão: será que vale a pena ficar depois de tudo o que foi perdido? Seria o certo a fazer? Ou será que ainda existem motivos para não ir embora? Pessoas que a amam e a querem ao seu lado?

É a essa história que somos apresentados logo no início da narrativa de "Se eu ficar". A alma de Mia narra a história, acompanhando cada momento de aflição do presente, enquanto relembra momentos importantes que viveu no passado com cada um daqueles que vem visitar seu corpo imóvel na UTI.

São com esses flashbacks narrados pela protagonista que temos a oportunidade de conhecer pouco a pouco mais de sua personalidade, seus sonhos e seus dilemas. No meio de toda a confusão dos médicos nervosos, enfermeiras apressadas e pacientes desesperançosos, ficamos sabendo mais daqueles que Mia mais ama e de sua maior paixão: a música, a segunda personagem mais importante da trama. Com o decorrer das páginas, a garota nos fala de momentos importantes de sua curta vida: como conheceu Adam, seu namorado roqueiro membro de uma banda, que era aparentemente o total oposto dela mesma, mas que com o tempo se mostrou muito mais semelhante do que parecia; como transformou Kim, que de início não ia muito com a sua cara, em uma amiga leal e companheira por todos esse anos; como apreciava a companhia de sua avó e de seu avô em seu tempo livre... 

Alguns dos flashbacks mais interessantes contam a história de amor entre os pais de Mia, apreciadores de um estilo musical totalmente diferente do clássico: o rock. A protagonista até brinca que muitas vezes chegou a pensar que foi trocada na maternidade, tamanha a diferença de gostos entre sua família e ela. A maneira como a música une a maior parte dos personagens enfoca a sua importância na trama e na vida de Mia, e de como a sua história é inconstante como um concerto musical, com seus altos e baixos, seus doces e amargos.

Apesar do presente apresentar a situação mais agoniante, Mia já vivia seus conflitos no passado. Era extremamente talentosa no violoncelo e seu maior sonho era ser aceita na Juilliard, mas sabia que com isso teria que deixar Adam para trás. E por mais que ele insistisse que ela devia seguir seus sonhos, Mia sentia que não estava preparada para isso.

O drama e o romance são destaques em "Se eu ficar". Apesar de não ter chorado da mesma maneira que fiz em outros livros do gênero (pois é, sou uma chorona mesmo), como "A menina que roubava livros" ou "Quem é você, Alasca?", me emocionei em diversos trechos em que Mia demonstra sua dúvida a respeito de se ficar é uma boa escolha. Destaco aqui o momento entre ela e seu avô, cuja atitude me fez derramar lágrimas.

A maneira como Gayle segue a narrativa é muito bem elaborada. Você não consegue largar o livro até terminar todos os capítulos e quando vê já está no final. Em alguns momentos senti que talvez o livro precisasse de algumas páginas a mais para se esclarecer, mas nada que mude a minha opinião sobre a leveza e qualidade de escrita da autora. Gostei também de como Gayle retrata a música clássica no livro, sendo bem detalhista a respeito e nos apresentando diversos artistas desse meio.

É possível tirar uma reflexão de tudo isso que o livro questiona, sobre o que é viver afinal. Mia nos mostra com seu violoncelo que viver é muito mais complexo do que parece, e que muitas coisas podem nos pegar de surpresa. Mas aqueles que realmente se importam vão estar ao nosso lado nos momentos difíceis. E acredite: somos nós quem temos que tomar a decisão final.

NOTA: 
EXTRA:

Nessa mesma semana a adaptação do livro estreia nos cinemas aqui do Brasil. A Mia será interpretada pela linda da Chlöe Moretz, de quem eu particularmente sou muito fã! Estou super ansiosa pelo filme, e mal posso esperar pra ver a história  de "Se eu ficar" ganhando vida.

Já vou avisando que nós aqui do blog iremos fazer um post especial comparando livro e filme logo após o lançamento do longa nas telonas. Continuem ligados!

Fiquem agora com o trailer de "Se eu ficar":


Até mais batatinhas!

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