quinta-feira, 22 de maio de 2014

Review - Reign: 1x22 | Slaughter of Innocence


Uma Season Finale sem cara de Season Finale.

Sabe quando você está com as expectativas lá no alto, esperando uma coisa excelentemente boa, algo que faça tudo aquilo de ruim que aconteceu ter valido a pena, mas chega lá e se decepciona pra caramba? Basicamente, essa fui eu assistindo o último episódio da primeira temporada de Reign.

Todo mundo sabe que a série podia fazer um final muito melhor. Depois da maravilhosa Season Finale de OUAT (infelizmente não tive tempo para fazer a review do episódio aqui no blog, me perdoem) eu já estava me conformando que nenhuma das séries das quais eu acompanho iriam chegar a esse nível. Mas por favor, não precisava de um fim tão ridículo assim. Reign já mostrou que tem força na primeira parte da temporada, mas desde que voltou do seu curto hiatus de inverno, nunca mais foi a mesma. Sim, aceitem, essa é a verdade. A série desandou legal nos últimos meses. No começo eu meio que fui junto com a onda, porque ainda havia bastante tempo para corrigir todos os furos. Mas chegando na reta final eu já estava me preocupando com o caminho que o roteiro estava tomando. É, deu no que deu.

A melhor questão debatida no episódio foi a família. No meio de todos os problemas na corte, todos os assassintatos, golpes e guerra, quase não há tempo de se pensar nisso. Às vezes até nós mesmo esquecemos que Bash e Francis são irmãos, que Henry é pai dos dois. Eles são uma família cujos membros se desuniram, vítimas da ambição pelo poder.

Pude sentir o quão duro foi para Francis matar o pai. Era o certo a ser feito? Pelo bem da França, sim. A loucura do rei cavou sua própria cova. Henry pode ter sido um líder extremamente calculista e cruel até mesmo antes de ficar louco, mas de certo modo eu admirava o personagem. Vejo muito dele em Francis. Ambos pensam pelo melhor do seu país. Vou sentir falta do Alan no elenco, o cara era muito talentoso. Me surpreendi com a maneira como sua atuação nos convenceu, de pouco em pouco, que havia algo de mentalmente errado com o rei ao decorrer da série.

A cena da morte foi comovente, mas por incrível que pareça não foi a que me chamou mais a atenção. O acontecimento mais puro, honesto e sincero do episódio foi o abraço entre os irmãos Bash e Francis. Desde o começo da série acompanhamos a mudança da relação entre eles, de grande companheiros a meros estranhos, o distanciamento que ocorreu tanto pelo poder quanto pela atração que dividiam por Mary. A cena pode ter durado cerca de trinta segundos, mas teve uma carga emocional tão pesada, tão bonita, que não fui capaz de conter as lágrimas. Reign levanta a questão tão debatida: a família fica em primeiro lugar porque é ela que estará lá quando você cair. A perda do pai foi dura para os dois, mas ambos lembraram-se que se havia alguém com quem podiam contar, era um com o outro. Eles são irmãos, não rivais. São uma família.


Agora, o que estragou tudo? A Escuridão, por exemplo, foi uma baita de uma decepção. Um cara com dentes afiados (sério!), tão temido por todos, mas facilmente morto por Sebastian em questão de minutos. Alô? E eu pensando que esse plot alguma relação com a Clarissa, personagem excelente que deixaram viva e nem aproveitaram para continuar a trama.

Greer e Leith, nem tenho comentários. Não acho que a Season Finale foi um bom momento para acrescentarem cenas descartáveis como as dos dois. Tá certo, a menina mal apareceu nos últimos episódios, mas, qual é, uma Season Finale é pra ter ação, reviravolta, morte, e não mimimi de garota! E POR FAVOR, COMO ESSA GREER É BURRA! Aquela cara de choro, aquele papinho de "Ah te amo e tals mas não posso casar com você, mozão...". Essa é uma que o Henry devia ter jogado pela janela enquanto estava vivo. #RIPHENRY

E o que vem por aí? Lola dando à luz, PRAGA, PRAGA, fica Francis, vai Francis, PRAGA. Sim, agora Franciquinho sabe que tem um filho, e o grandioso e elaboradíssimo gancho que deixaram para a segunda temporada foi uma praga. UMA PRAGA. Só... NADA DE CLARISSA, NADA DE MARY SENDO RAINHA, NADA. "Ah, Francis, já que tu quer ir atrás da Lola, cuidado com a praga!". CABOU EPISÓDIO, CABOU TEMPORADA. MAS O QUE FOI ISSO? O QUE FOI ISSO?

Posso não ter visto tantas séries assim, mas olha, essa Season Finale já entrou na lista das piores. A sensação que eu senti por basicamente todo o episódio foi aquela em que você fica indagando a si mesmo "Agora vai acontecer algo... Não, espera um pouco, aposto que daqui a pouco vai acontecer uma super reviravolta... Ah, não foi agora, mas acho que no fim vai." MAS NADA ACONTECE. NADA.

A série tem muito potencial, não há necessidade em desperdiçá-lo. Aquele toque sobrenatural do começo de Reign não é mais o mesmo. Bons personagens, como Catherine e Bash, foram tratados como coadjuvantes de lá pra cá. Outros, como Clarissa e Olivia, foram simplesmente esquecidos. Estou confiante de que vão melhorar a situação na segunda temporada. História pra contar é o que não falta. Só precisa ter mais cuidado para se ter um roteiro interessante, estável e "sambador" como era antes.

A CW tomou uma decisão arriscada apostando em Reign no ano passado, porque todo mundo ficou com o pé atrás vendo um canal de público adolescente produzindo uma série histórica. Surpreendentemente, a série mostrou ter sido um dos melhores acertos dessa temporada, mesmo dividindo opiniões negativas e positivas e não caindo no gosto de todos os jovens. Apesar desses "poréns", a primeira temporada de Reign foi boa, e eu, que custei pra dar uma chance à série, paguei a língua: Reign sempre foi mais do que um triângulo amoroso, focando na política, na família e em valores que valem a pena ser discutidos.

É isso pessoal, vejo vocês em Outubro!

NOTA: 

PS: Francis como rei... Sei não, hein.

PS: Cruzando os dedos pra não inventarem um triângulozinho forçado entre Lola, Mary e Francis.

PS: Leith sobre o hiatus de quatro meses:

 

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