terça-feira, 11 de novembro de 2014

Resenha - Métrica

SINOPSE: O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina.
Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor. 








TÍTULO: Métrica (Slammed)
AUTORA: Colleen Hoover
EDITORA: Galera Record
PÁGINAS: 304
ANO: 2013

"Pura poesia. Ou um baque no coração. Se apaixonar pode ser cada uma dessas coisas... Quem sabe ainda, sua doce e dolorosa mistura."

O livro conta a história de Layken que é obrigada a se mudar para uma cidadezinha no Michigan chamada Ypsilanti logo após a morte de seu pai. Ela, seu irmão, Kel e sua mãe tem que se adaptar a uma nova cidade, novos vizinhos, uma nova vida. Layken se recusa a entusiasmar-se com a mudança por ter abandonado o lugar que chamava de lar.

Uma das coisas que já chega decepcionando no livro é que nas primeiras 40 páginas os personagens já se conhecem e se apaixonam... Típico de romance água com açúcar, mas realmente é surpreendente como a escritora consegue desenvolver um enredo e uma narrativa com Layken, o jeito como a faz agir como uma adolescente inconsequente, insegura e apaixonada, ao mesmo tempo que faz com que Will (o vizinho de 21 anos de Layken) seja o mais adulto possível (depois das primeiras 40 páginas é claro).


"Sejam compreensivos em relação a tudo. Às diferenças das pessoas, suas semelhanças, escolhas, personalidades. Às vezes é a variedade que faz uma coleção ser boa."


A realidade dos dois pode ser facilmente comparada, Lake sem pai, Will sem pais e com a guarda de uma criança de 9 anos... Os dois se apaixonam, Will apresenta Lake ao seu clube de poesia, que é onde ela percebe que também tem uma pequena paixão por aquilo. Mas como em todo romance que se preze (e que faz com que os personagens se apaixonem nas primeiras 40 páginas) eis que aparece um desafio, algo que faz com que os dois não possam ficar juntos... E aí que começa o drama da coisa.

"Só tenho vontade de dormir o tempo inteiro. Acho que é porque, quando durmo, a dor não é tão grande."

Os dois se gostam, mas não podem ficar juntos, um amor proibido (e tooooodo mundo sabe que o que é proibido é mais gostoso), os dois tentam seguir suas vidas separados, tentar resistir um ao outro, mas não podem, não querem... Mas uma coisa que realmente me motivou a continuar lendo o livro depois de tudo isso foi que ele não fica naquele clima estranho, triste, pessimista, como se a personagem estivesse prestes a entrar em depressão, ela só está em constante agonia enquanto continua vivendo sua vida. Um aprende com o outro, é umas história de superação, uma história de amor mais que original e com uma bela trilha sonora e com direito a poesia e tudo.

O livro é de fácil compreensão, você não precisa ter um grande conhecimento no dicionário para lê-lo, os personagens são enigmáticos e (realmente) impressionantes. A narrativa é envolvente, misteriosa e dramática.

Uma história linda, repleta de reflexões, podem-se ser tiradas várias lições de vida e frases que levarei comigo para o resto da minha vida, acredito que muitos podem corresponder-se com as divagações da personagem.

E uma pequena prévia do segundo livro, "Pausa":

"Às vezes duas pessoas precisam se distanciar para perceber o quanto precisam ficar perto uma da outra."


Então, finalmente, eu atribuo a esse maravilhoso livro quatro batatas!

NOTA:

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